A volta do camisa 6



Depois de um tempo sem postar, venho fazer uma breve análise dos últimos acontecimentos.

O Vasco fez um papelão nos dois últimos jogos. Contra o Guarani, em São Januário, com o time em evolução e São Januário recebendo um bom público, faltou qualidade técnica, calma e criatividade. Resultado: 0 x 1, com um gol do Guarani aos 48 do segundo tempo. Inadmissível. Um Guarani fraco, representado pelos dispensados Vágner Mancini e Márcio Careca. Muitos passes errados e uma falta de ousadia, embora já esperada, muito burra. Celso Roth manteve 3 volantes e quando trocou, trocou seis por uma meia-dúzia pior ainda.
Contra o Santos, levando-se em consideração que nosso único atacante era "Nilson", fica difícil fazer comentários. Uma goleada prevista pela maioria dos palpiteiros, infelizmente.
O único que não vinha errando - Prass - errou e errou feio. Quando a fase é ruim e o elenco não é bom, realmente dá tudo errado.

Essa pausa no campeonato cai como uma luva para o Vasco driblar a crise, ajeitar o time e
voltar com tudo em busca de uma reação.
E nosso primeiro reforço chegou: Felipe. Depois de 10 anos, o meia volta a vestir a camisa 6, que desde sua saída sofreu nas mãos de Diego, Rubens Junior, Valmir e companhia. Não sei como está fisicamente, mas sua qualidade técnica é indiscutível. Seja bem-vindo.
Outros dois sondados são os atacantes Washington e Éder Luis. Sem falar do acerto com o lateral-direito paraguaio Irrazábal, de 29 anos. Parece ser daquele estilo que corre muito e pensa pouco...

Para voltar mais forte e pensar em brigar por alguma posição na tabela que seja acima da zona de rebaixamento, só esses reforços não bastam. Celso Roth vai ter que trabalhar esse time, taticamente principalmente. A maioria não está rendendo o que pode, parece um bando em campo. Prass ; Fágner, Martinelli, Cesinha, Ramon ; R. Carioca, Souza, Carlos Alberto, Felipe ; Zé Roberto e Élton. Esse time bem treinado, com opções como Coutinho no banco, tem condições de brigar mais pra cima da tabela. Isso considerando a permanência ainda não confirmada de Coutinho e Carlos Alberto, claro, e apesar dos pontos importantes já perdidos.

Falando nisso, não custa lembrar que em 2008 fomos rebaixados por essa irregularidade de resultados. Quatro resultados no mínimo curiosos daquele ano: Vasco 4 x 0 Internacional(Com Nilmar e companhia) ; Vasco 6 x 1 Atlético-MG ; Vasco 2 x 4 Figueirense ; Vasco 1 x 3 Náutico. Não adianta ganhar de time forte e perder de time fraco... Fica a dica.

S.V,
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Sem arrancada e com obrigação de vencer


Vasco e Botafogo fizeram um jogo razoável até os 30 minutos do segundo tempo. Após isso, festival de passes errados que seriam mais dignos de um Madureira x Bonsucesso. Poderíamos ter saído com a vitória, mas pecamos em alguns aspectos. Sem culpar a arbitragem pelo resultado, mas já criticando, acho que Simon e companhia não tem o menor preparo para representar o Brasil na Copa - aliás, faria bem para o Mundial não ter nenhum trio de arbitragem brasileiro. Celso Roth reclamou mais do gol anulado, que realmente foi ridículo, com o banderia marcando uma falta há quilômetros de distância e o juiz, do lado do lance e sem marcar nada, acatando a decisão. Já no pênalti, Simon parece ter marcado como compensação de um não-marcado anteriormente que os botafoguenses reclamaram muito. Porque lógica não tem: a bola indo para a linha de fundo, bate na mão do Nilton, caído, e vai para o pé de um jogador alvinegro, que perde o gol. Pra quê alguém colocaria a mão voluntariamente em uma bola que estava indo sem perigo para linha de fundo? Só Carlos Eugênio Simon pode responder...
Ernani, não só por causa do belo gol, foi o melhor em campo. Desengonçado ele é, mas tem errado pouco e corrido muito.

Como nosso técnico já disse, agora é obrigação vencer o Guarani. E pra isso, por que não uma formação um pouco mais ousada? 2 zagueiros, 2 laterais, 2 volantes, 2 meias e 2 atacantes. O famoso 4-4-2, contra o Guarani, em casa... Isso já foi normal um dia...

Tenho escutado muitas críticas ao Juninho pela última declaração - que praticamente limou as possibilidades de uma volta. Claro que bate uma frustração pelo ídolo que é e pela expectativa de anos e anos. Mas nada que não possamos entender.
Juninho lá ganha mais, joga menos, não tem pressão e, segundo ele, vive em um local onde não há violência. Com os filhos educados à moda européia, é realmente um risco largar isso tudo e vir, com 35 anos, para um Vasco em crise, onde facções invadem treinos e botam o dedo na cara dos profissionais.
É uma pena. E é bom lembrarmos que estamos falando de um dos jogadores mais vitoriosos da história do Vasco. E fora do Vasco um dos mais vitoriosos que eu já vi. Vamos respeitar nosso eterno ídolo.

S.V,
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