O quinto empate... em cinco clássicos.

quarta-feira, 09 de Junho de 2010. Era a primeira coisa que qualquer um que entrasse aqui no blog via escrita: o post mais recente.
Agora estamos em terça-feira, 26 de Agosto de 2010.
Minha escalação ideal da última análise, que contava com especulações e permanências, não se concretizou jamais. Perdemos Souza, Élton, Coutinho e Carlos Alberto(né?). Ganhamos Éder Luis, Zé Roberto(?), Felipe e Dedé. Esse mesmo zagueiro que naquela época torcíamos pela dispensa e hoje esperamos, talvez, uma convocação(por que não?). Coisas do futebol.

Vim desancorar o blog, sem intenções/ambições maiores. Mas que é interessante, até para observar casos de como alguns detalhes mudam de acordo com o pouco tempo - exemplo com Dedé - é inegável.

Partida passada, contra o flamengo, tivemos polêmicas. Quero fugir delas e entrar em outro assunto: como foi vergonhosa a tática de contra-ataque do Vasco. Com um homem a menos, talvez fosse a única opção que restasse, mas custa fazer direito? Será que nosso técnico tentou surpreender o adversário mandando qualquer um que pegasse na bola, esteja onde estivesse, mandar pelo alto para o Nunes? Pois foi isso que aconteceu o segundo tempo inteiro, só pegar o VT e observar.
Acho que seria bem mais objetivo e simples - até óbvio, mas funcional - assim:
Esquema de contra-ataque: bola pro Felipe no meio, que lança pra Fagner ou Éder Luis na ponta, nas costas dos laterais, enquanto Nunes vai pro meio. Simples. Jogada de velocidade. Zé Roberto poderia participar disso, se não estivesse nulo em campo(quiçá de ressaca).

Cheguei a escrever após nossa última derrota:

"Carlinhos imaturo, Felipe sem inspiração, Éder Luis displicente e Zé Roberto de ressaca: zero a dois para o poderoso Atlético Goianiense."


Poderia repetir, de repente trocando Carlinhos por Dedé. Mas esse tem crédito.
5 empates em 5 clássicos dentro do Campeonato Brasileiro. Invictos! 5 pontos em 15 disputados. Esse ano estamos exagerando.
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A volta do camisa 6



Depois de um tempo sem postar, venho fazer uma breve análise dos últimos acontecimentos.

O Vasco fez um papelão nos dois últimos jogos. Contra o Guarani, em São Januário, com o time em evolução e São Januário recebendo um bom público, faltou qualidade técnica, calma e criatividade. Resultado: 0 x 1, com um gol do Guarani aos 48 do segundo tempo. Inadmissível. Um Guarani fraco, representado pelos dispensados Vágner Mancini e Márcio Careca. Muitos passes errados e uma falta de ousadia, embora já esperada, muito burra. Celso Roth manteve 3 volantes e quando trocou, trocou seis por uma meia-dúzia pior ainda.
Contra o Santos, levando-se em consideração que nosso único atacante era "Nilson", fica difícil fazer comentários. Uma goleada prevista pela maioria dos palpiteiros, infelizmente.
O único que não vinha errando - Prass - errou e errou feio. Quando a fase é ruim e o elenco não é bom, realmente dá tudo errado.

Essa pausa no campeonato cai como uma luva para o Vasco driblar a crise, ajeitar o time e
voltar com tudo em busca de uma reação.
E nosso primeiro reforço chegou: Felipe. Depois de 10 anos, o meia volta a vestir a camisa 6, que desde sua saída sofreu nas mãos de Diego, Rubens Junior, Valmir e companhia. Não sei como está fisicamente, mas sua qualidade técnica é indiscutível. Seja bem-vindo.
Outros dois sondados são os atacantes Washington e Éder Luis. Sem falar do acerto com o lateral-direito paraguaio Irrazábal, de 29 anos. Parece ser daquele estilo que corre muito e pensa pouco...

Para voltar mais forte e pensar em brigar por alguma posição na tabela que seja acima da zona de rebaixamento, só esses reforços não bastam. Celso Roth vai ter que trabalhar esse time, taticamente principalmente. A maioria não está rendendo o que pode, parece um bando em campo. Prass ; Fágner, Martinelli, Cesinha, Ramon ; R. Carioca, Souza, Carlos Alberto, Felipe ; Zé Roberto e Élton. Esse time bem treinado, com opções como Coutinho no banco, tem condições de brigar mais pra cima da tabela. Isso considerando a permanência ainda não confirmada de Coutinho e Carlos Alberto, claro, e apesar dos pontos importantes já perdidos.

Falando nisso, não custa lembrar que em 2008 fomos rebaixados por essa irregularidade de resultados. Quatro resultados no mínimo curiosos daquele ano: Vasco 4 x 0 Internacional(Com Nilmar e companhia) ; Vasco 6 x 1 Atlético-MG ; Vasco 2 x 4 Figueirense ; Vasco 1 x 3 Náutico. Não adianta ganhar de time forte e perder de time fraco... Fica a dica.

S.V,
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Sem arrancada e com obrigação de vencer


Vasco e Botafogo fizeram um jogo razoável até os 30 minutos do segundo tempo. Após isso, festival de passes errados que seriam mais dignos de um Madureira x Bonsucesso. Poderíamos ter saído com a vitória, mas pecamos em alguns aspectos. Sem culpar a arbitragem pelo resultado, mas já criticando, acho que Simon e companhia não tem o menor preparo para representar o Brasil na Copa - aliás, faria bem para o Mundial não ter nenhum trio de arbitragem brasileiro. Celso Roth reclamou mais do gol anulado, que realmente foi ridículo, com o banderia marcando uma falta há quilômetros de distância e o juiz, do lado do lance e sem marcar nada, acatando a decisão. Já no pênalti, Simon parece ter marcado como compensação de um não-marcado anteriormente que os botafoguenses reclamaram muito. Porque lógica não tem: a bola indo para a linha de fundo, bate na mão do Nilton, caído, e vai para o pé de um jogador alvinegro, que perde o gol. Pra quê alguém colocaria a mão voluntariamente em uma bola que estava indo sem perigo para linha de fundo? Só Carlos Eugênio Simon pode responder...
Ernani, não só por causa do belo gol, foi o melhor em campo. Desengonçado ele é, mas tem errado pouco e corrido muito.

Como nosso técnico já disse, agora é obrigação vencer o Guarani. E pra isso, por que não uma formação um pouco mais ousada? 2 zagueiros, 2 laterais, 2 volantes, 2 meias e 2 atacantes. O famoso 4-4-2, contra o Guarani, em casa... Isso já foi normal um dia...

Tenho escutado muitas críticas ao Juninho pela última declaração - que praticamente limou as possibilidades de uma volta. Claro que bate uma frustração pelo ídolo que é e pela expectativa de anos e anos. Mas nada que não possamos entender.
Juninho lá ganha mais, joga menos, não tem pressão e, segundo ele, vive em um local onde não há violência. Com os filhos educados à moda européia, é realmente um risco largar isso tudo e vir, com 35 anos, para um Vasco em crise, onde facções invadem treinos e botam o dedo na cara dos profissionais.
É uma pena. E é bom lembrarmos que estamos falando de um dos jogadores mais vitoriosos da história do Vasco. E fora do Vasco um dos mais vitoriosos que eu já vi. Vamos respeitar nosso eterno ídolo.

S.V,
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Virada pensando na arrancada


Que sufoco! Quem viu só o primeiro tempo e desligou a tv, irritado, não viu a sensacional virada vascaína sobre o semi-finalista da Libertadores.

3 a 2 em um jogo que se encaminhava para uma goleada colorada, após um primeiro tempo pífio dos 4 volantes e companhia. Celso Roth escalou mal e mexeu bem. E vimos um Vasco aguerrido no segundo tempo, com cara de Vasco pelo menos nesse aspecto. Jéferson entrou dando qualidade ao meio-campo. Dodô pouco apareceu, mas foi mais um na frente para prender a marcação.
Ramon, em um dia horrível, saiu para a entrada do todo atabalhoado Ernani. Temos que agradecer a essa falta de jeito - o pênalti marcado foi numa jogada bizonha, em que o lateral tropeça no gramado e cai de maduro. Se passou longe de ser pênalti, passou mais longe ainda de ser armação. Nosso garoto prodígio, que até então errava muitos passes e estava visivelmente nervoso, bateu com categoria, sem paradinha, e empatou. E saiu dele o gol da virada, em uma jogada pela ponta. Um passe pra trás e apareceu aquele que mais tem falhado defensivamente para pegar bem de esquerda e marcar um golaço. As palavras do próprio Nilton, ao sair de campo, descrevem bem a situação: "Foi um alívio para mim, parecia que estava com uma âncora nas costas".

O gol que abriu caminho para a vitória foi o mais bonito. Élton tem sido o melhor jogador do Vasco nos últimos jogos - taticamente principalmente e, claro, esbarrando em suas limitações. Ontem, seu gol - e que gol! - foi crucial para a vitória cruzmaltina. Com um Vasco ainda inseguro em campo, com poucas esperanças de empatar o jogo, o atacante improvisou: uma girada espetacular de fora da área com um chute impecável. Um dos mais criticados pela torcida, o atacante mereceu aplausos de pé.

Após essa vitória heróica, o Vasco tem mais dois jogos no Rio - Botafogo no Engenhão e Guarani em São Januário. Vencer os dois seria muito importante para recuperar a confiança e trabalhar com calma durante a paralisação do campeonato. E aí já voltamos com um time treinado e com todos à disposição de Celso Roth.

Observação 1: Boa estreia de Cesinha. Falta entrosamento, mas individualmente mostrou ter qualidade.

Observação 2: Depois de Botafogo e Guarani, o Vasco faz seu último jogo antes da Copa contra o Santos, em São Paulo, no reencontro com Dorival...

S.V,

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Protesto mal feito só prejudica o Vasco

Dois posts atrás falei um pouco sobre como a torcida do Vasco tem conseguido atrapalhar mais ainda o já inseguro time cruzmaltino. Com o que aconteceu ontem, isso é tópico de discussão em todos os fóruns ligados ao Vasco.
E o mais impressionante é que tenho visto uma grande parte apoiar o ato dos 30 integrantes da Força Jovem que invadiram um treinamento para intimidar os jogadores. O que esses caras que se dizem vascaínos estão fazendo é amendrontar os únicos que podem mudar a situação atual. Será que alguém quando está com medo e pressionado trabalha melhor? Eu realmente não acredito.
Na quinta-feira São Januário fará o papel inverso do que deveria: Se o Vasco não fizer um gol nos primeiros 20 minutos, jogará sob vaias os outros 70. Vaias da própria torcida, o que é bem pior do que jogar fora de casa. O ponto bom nessa história - por incrível que pareça - é que o público será muito pequeno.

Óbvio que o Vasco merece um time muito melhor do que apresenta e a torcida tem que cobrar. Mas vejam: acabamos de fazer uma troca de técnico, o que motiva os jogadores - isso foi provado jogo passado, apesar dos erros e da derrota.
Fizemos três jogos, perdendo dois fora de casa e empatando um em casa. Campanha ruim, mas estamos no começo e Celso Roth ainda não teve tempo para trabalhar. O Inter, nosso próximo adversário e um dos favoritos ao título, perdeu dois em casa e venceu um fora: do lanterna Goiás. O Grêmio, que muitos especialistas dizem ter tido o segundo futebol mais vistoso do Brasil, só perdendo pro Santos, tem o mesmo 1 ponto do Vasco.
Por essas e outras acho que a hora era de a torcida abraçar o time para tentar reverter a situação, como fez várias vezes na história. Falta confiança, que as últimas atuações e a história recente não têm passado. E mesmo que fosse para protestar, essa maneira de protesto só vai causar prejuízos para o próprio Vasco.
O prostesto tem que ser inteligente - visando ajudar, não impor um respeito forçado que só vai atrapalhar. O Vasco impõe respeito pela sua história.

Nesse episódio, Dinamite se prejudicou duplamente: quem invadiu e cobrou já estava contra. Quem é contra a invasão e ouviu suas declarações - de que isso acontece - também não gostou. Até porque, cá pra nós, isso não acontece.
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Previsões


Não chegamos nem na metade do ano e nos resta muito pouco: para os pessimistas(alguns diriam realistas) nos resta apenas brigar o ano inteiro contra o rebaixamento, e, no máximo, conseguir uma vaguinha da Sul-americana.
Não concordo com o rebaixamento e minha previsão é que fiquemos ali pela zona da Sul-americana mesmo. Porém - não custa nada sonhar - com alguns reforços e um pouco de sorte podemos brigar por uma Libertadores(saudade!).

Os primeiros da lista já estão conosco: Coutinho e Carlos Alberto. A permanência dos dois é imprescindível para qualquer ambição. Com os dois, Zé Roberto em boa fase e mais um meia, temos boas opções de ataque - inclusive no banco. Esse meia poderia ser Marquinhos(ex Vitória e Palmeiras), que é uma contratação bem possível. Teríamos banco e opções de trocas táticas caso seja necessário.
Quanto à defesa, a expectativa otimista é que nosso técnico corrija tudo de ruim que vem acontecendo, principalmente em termos de posicionamento. Celso Roth é especialista em defesa. Cesinha, eleito o melhor zagueiro do campeonato paulista, é uma boa aposta. Quanto aos volantes, ainda acho que, pelo menos potencialmente, somos um dos times mais bem servidos. Potencialmente porque eles não vêm demonstrando isso, mas Nilton, Souza, Léo Gago e Rafael Carioca têm qualidade. A contratação de um lateral direito seria importante ; na esquerda, é torcer pra Ramon nunca se machucar.

É isso que nós temos, sendo realista e otimista.
Vamo que vamo!

P.S: Depois de tanto favorecimento da arbitragem, deu prazer ver os urubus chorando depois de mais uma vez eliminados na Libertadores. Adiantei aqui no blog que isso acabaria acontecendo... Arbitragem de Libertadores não é aquela regional-parcial que eles
estão acostumados.
S.V,
Francisco
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Um pouco de memória



Nos últimos dois jogos em São Januário – 3 a 1 no Vitória e empate sem gols contra o Palmeiras – parte da torcida do Vasco mostrou algum senso de humor. Digo isso porque só consigo ver o grito de “volta eurico” por esse ponto de vista. Se ninguém ali estava fazendo piada, é um caso muito sério e meio assustador, vindo de um grupo sem memória. Já vi essa torcida dar exemplos e fazer espetáculos e esse papelão é realmente muito triste. Pensei em escrever “rebeldes sem causa” pra descrever essa turma do amendoim, mas desisti, esse não é o termo. É óbvio que nenhum vascaíno está satisfeito com o que tem visto nos últimos tempos e a torcida está ali pra apoiar e pra cobrar também. Tem todo o direito de cobrar do nosso atual presidente. Mas gritar o nome do ex-deputado é dose, mesmo partindo de uma minoria.

Eurico Miranda ingressou no Vasco em 1967 e em 69 já estava envolvido em escândalos políticos de fraude. Na década de 80, concorreu a presidência duas vezes e foi derrotado nas duas por Antônio Soares Calçada. Após as eleições, Calçada convidou eurico para ser seu vice-presidente. Com vice-presidente e boatos de que mandava mais que o presidente, viu o Vasco naquela fase maravilhosa de 97 a 2000. Depois disso, concorreu à presidência nas eleições de 2001 e brigou com os maiores ídolos da época de Calçada – Edmundo, Juninho, Pedrinho, Carlos Germano, Felipe, entro outros. Ganhou a presidência e ficou até o meio de 2008, com um título carioca apenas nesses 7 anos. Além disso, deixou o Vasco com dívidas imensas e má relação com todos dentro do futebol – não conseguindo atrair patrocinadores, sem campanha de marketing e sem sócios. Um Vasco entregue praticamente às moscas. Eurico foi acusado de desviar mais de R$ 20 milhões do Vasco, além de inúmeras irregularidades mal explicadas em sua gestão. Inteligente e com grande conhecimento de Direito, sempre conseguiu se safar, apesar de já ter sido condenado à prisão aglumas vezes. Saiu em 2008 sem deixar saudades(após, mais uma vez, cometer fraudes nas eleições normais e ser derrotado posteriormente na justiça).


Vou falar um pouco do Roberto, embora não queira protegê-lo. Só pra organizar os pensamentos mesmo e fazermos um balanceamento. Dinamite entrou em 2008 recebendo toda essa herança ingrata do ex-deputado. Fez algumas besteiras – na época, a principal foi a contratação de Tita para ser técnico do Vasco. Foi rebaixado. A mesma torcida que gritou “volta eurico” ontem gritou “a culpa é do eurico” no jogo em que fomos rebaixados, para logo depois cantar o hino e berrar “Ah, é Dinamite!”. Queríamos mudança. E elas ocorreram. Fomos campeões da série B(obrigação) e novamente a torcida gritou o nome de nosso atual presidente. Esse ano não montamos o time dos sonhos, isso é bem claro. O que é difícil de entender é o que essa torcida esperava mais com os recursos atuais. O Vasco não vai voltar a ser tudo o que já foi de modo instantâneo depois desse histórico recente completamente conturbado.

Pontos positivos: área de marketing, que é importantíssima, se ergueu. Iniciativa do programa de sócios muito boa, coisas simples que ninguém nunca tinha feito e pode ajudar muito o Vasco. Busca de parceiros, onde eu acho que acertamos principalmente em relação à Penalty.

Negativos: Falta de estrutura para o torcedor em São Januário – muita desorganização em um negócio que é simples de ser resolvido. Não ter mantido Dorival Jr. Ter contratado Mancini. Ter efetivado Gaúcho. Principal: prometer coisas que ele próprio sabia que não tinha condições de cumprir – por falta de recursos mesmo.


Enfim, são só análises(cheias de pontos de vista, claro).


A torcida atrapalhou claramente no jogo de ontem. O Vasco fez um bom primeiro tempo, com mais posse de bola e dez vezes mais chutes a gol. Com 15 minutos do segundo tempo começaram a cobrar e vaiar – e a partir desse momento viu-se uma queda do time, com quase todos muito nervosos e pressionados. Será que isso ajuda em alguma coisa?

Dica:Vídeo da discussão entre Paulo Vinicius Coelho e Felipe Melo, por telefone. Muito bom.

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